Dificuldades de Aprendizagem
A dificuldade de aprendizagem é quando um aluno possui uma maneira diferente de aprender, mas não quer dizer que ele não tenha capacidade de aprender. Refere-se a um obstáculo, uma barreira, que pode ter origem tanto cultural quanto cognitiva ou até mesmo emocional ou metodológica.
Ela envolve uma série de desordens que impedem que uma pessoa aprenda no mesmo ritmo de quem não apresenta o transtorno. Mas vale ressaltar que não se trata apenas de uma dificuldade pontual, relacionada ao aprendizado de um determinado tema. Isso, aliás, é bem comum e afeta a maioria das pessoas.
O que caracteriza a dificuldade de aprendizagem?
Há muito tempo se estuda o motivo de alunos aprenderem em um ritmo mais lento que outros. Foram cogitados traumas, causas educacionais ou socioeconômicas, mas nada se mostrou, individualmente, suficiente para definir essa razão.
Por outro lado, começou-se a observar um padrão de sintomas nesses alunos. Foram, então, identificadas dificuldades patológicas que inviabilizavam a absorção de conteúdo de forma completa e eficiente. Percebeu-se que algumas áreas do cérebro, responsáveis pelo recebimento e assimilação da informação, eram, por vezes, comprometidas por causas biológicas, causando a dificuldade de aprendizagem.
Porém, também se notou que, com empenho da família, da escola, de profissionais qualificados e com convívio social, essas patologias eram passíveis de tratamento. Assim, não impediriam, de forma alguma, a formação construtiva de competências e perícias.
Quais os tipos mais comuns de dificuldade de aprendizagem?
Conheça as características e sintomas dos tipos mais comuns de dificuldades de aprendizagem.
Dislexia
Trata-se de um transtorno de aprendizado de origem neurobiológica e que tem como principal característica a dificuldade para ler e escrever. Os alunos que apresentam esse distúrbio não reconhecem de maneira precisa e fluente as palavras, o que interfere na sua habilidade de decodificar e soletrar, também.
Entre os principais sintomas da dislexia estão:
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atraso na habilidade de leitura ou comprometimento da fala;
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problemas cognitivos, como dificuldade de memorização de regras ortográficas;
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dispersão e falta de atenção.
Disgrafia
Esse distúrbio é caracterizado pela dificuldade na fluência da escrita em diversos aspectos. Ele, geralmente, está relacionado com problemas psicomotores.
Alguns sintomas da disgrafia são:
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letras de tamanho variável, muito pequenas ou largas demais;
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letras sobrepostas umas às outras;
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uso incorreto de maiúsculas e minúsculas;
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espaço variável entre as letras e alinhamento errado.
Discalculia
Refere-se à falta de habilidade para a execução de operações matemáticas, mesmo as mais simples. A pessoa afetada por essa desordem tem dificuldade para organizar, classificar e compreender os números.
Existem alguns tipos de discalculia e cada um apresenta sintomas específicos.
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operacional: dificuldade para realizar operações matemáticas simples;
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gráfica: dificuldade para escrever símbolos matemáticos;
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léxica: dificuldade para ler e compreender números, símbolos matemáticos, expressões e equações;
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verbal: dificuldade em compreender os conceitos matemáticos.
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
Algumas pessoas nascem com essa desordem, enquanto outras desenvolvem o transtorno a partir de episódios específicos, como um estresse intenso. O TDAH, que geralmente se manifesta na infância, está relacionado a uma série de problemas, como autoestima baixa, problemas em relacionamentos e dificuldades na escola.
Os sintomas mais comuns são:
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dificuldades de concentração, esquecimento constante e falta de atenção;
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sintomas de depressão e dificuldades de aprendizagem acentuadas;
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ansiedade, raiva e excitação.
Como identificar e avaliar as dificuldades de aprendizagem?
Agora que você conhece alguns tipos comuns de dificuldade de aprendizagem, vamos listar 9 sinais que devem ser observados na rotina infantil:
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Crianças com muita dificuldade para falar ou se expressar;
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Dificuldade em aprender cores, formas, letras e números;
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Dificuldades de coordenação motora;
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Falta de foco e concentração no dia a dia;
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Dificuldade de organização;
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Dificuldade para lembrar informações;
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Problemas para ler, soletrar e falar palavras corretamente;
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Dificuldade para escrever ou organizar ideias;
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Dificuldade excessiva para concluir lições de casa ou fazer cálculos matemáticos.
Caso seu filho apresente alguns dos sinais citados acima, comece a observar melhor o que pode estar por trás das dificuldades. Procure conversar com a escola para entender a metodologia de ensino aplicada em sala de aula e como ela interfere no processo de aprendizagem da criança.
Em alguns casos, pode ser necessário aplicar algumas adaptações com programas educativos especiais. Os responsáveis e professores devem prestar atenção nos interesses do aluno dentro e fora da escola.
Por fim, lembre-se de valorizar cada conquista da criança para deixá-la cada vez mais confiante e motivada em relação aos estudos.